O evento anual SP.Ecoera, focado em apresentar coleções de marcas ecologicamente corretas e que promove debates sobre a relação entre sustentabilidade e moda, terá sua primeira edição no Rio de Janeiro.
No próximo 11 de setembro, em um casarão do Parque Laje, no Jardim Botânico, as grifes Maria Oiticica, Gustavo Silvestre, Será O Benedito e Saissu irão desfilar suas propostas para um guarda-roupa mais verde.
Em umas das mesas, o lixo será tema de debate sobre a criação de moda a partir de materiais reciclados.
O descarte têxtil, aliás, também servirá de mote para o projeto À moda do Vidigal, uma parceria do Rio Ecoera com a Casa Geração Vidigal. O objetivo é apresentar no novo evento o trabalho dos artesãos cariocas em situação de risco que são representados pela Casa.
Organizado pela empresária e consultora de moda Chiara Gadaleta, o Rio Ecoera terá cenografia inspirada nas obras do artista plástico cearense Leonilson (1953-1993).
Ele, que ganhou mostra na Estação Pinacoteca, usava tecidos e bordados em suas obras, principalmente as produzidas após o final dos anos 1980.
Segundo Gadaleta, “a ideia do Rio Ecora é estender para a capital fluminense a versão paulistana do evento”, cuja proposta é provar que vestir-se de um jeito “verde” não é sinônimo de cafonice.
Para sustentar sua tese, a empresária inaugurou, na semana passada, uma exposição em São Paulo com propostas sustentáveis aplicadas no vestuário. Antes, em julho, também lançou um fanzine com editoriais cujos looks são montados com peças de grifes amantes da natureza.
Veja looks propostos no fanzine.