A semana de moda de Milão só termina na próxima segunda (22), mas já desfilaram na cidade Gucci, Prada, Fendi, Max Mara, Just Cavalli e Alberta Ferretti, seis das etiquetas mais importantes da moda italiana.
Em uma rara coincidência entre marcas com estilos bem definidos como os dessas grifes, os anos 1970 dominaram a passarela.
Saltam dos looks as novas roupagens de alfaiataria trabalhada em estampas e blazers mais curtos, as calças boca de sino (a flare, da qual já falamos aqui), as aplicações de flores, agora relidas com efeitos 3D, e uma imagem final leve, colorida e até bem relaxada para os padrões de Milão.
O significado implícito nesse desejo das grifes em desmembrar o estilo dos anos 1970 parece ir além da simples relação com modismos.
Miuccia Prada, Frida Giannini (Gucci), Karl Lagerfeld (Fendi), Alberta Ferretti, Roberto Cavalli e Ian Griffiths (Max Mara) parecem querer libertar o próximo verão dos looks urbanos demais dos anos 1990, que ainda aparecem nas passarelas.
Se houvesse um slogan desta temporada italiana ele seria: “sim, damos o conforto, mas também não precisa exagerar no relaxamento. Use decotes, mas chega de ‘tops’. Abandone as camisas de flanela, opte pelas de seda. Use itens utilitários, confortáveis, mas prefira o romantismo ‘libertário’ da moda. O luxo não deve combinar mais com a normalidade excessiva dos 90”.
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Daí vem a grife Moschino e a nova coleção do estilista americano Jeremy Scott para dar um choque bem rosa na plateia.
A Barbie, boneca da Mattel que virou blogueira fashion, deu o tom do desfile em vestidos de festa berrantes e looks divertidos bem ao estilo de Scott.