A notícia que começou como um rumor na última temporada de moda internacional, em fevereiro deste ano, foi confirmada na noite de segunda-feira (23) pelo grupo francês LVMH. A Marc by Marc Jacobs, segunda linha de roupas da grife americana Marc Jacobs, deixará de existir.
O anúncio foi feito pelo próprio Jacobs ao portal de notícias WWD. Ao site americano, o estilista disse haver um plano de expansão em curso dentro da grife que leva seu nome e, por isso, não há sentido em continuar a operação da marca secundária.
Criada em 2001 para atender uma demanda de consumidores jovens, a Marc by Marc Jacobs tinha como trunfo a moda descomplicada e os preços mais baixos que os praticados na linha principal – mesma lógica de grifes como a See by Chloé e a D&G, esta dos estilistas Domenico Dolce e Stefano Gabbana, que também encerraram a operação da marca.
Ao site, Marc Jacobs disse que ao longo dos anos a função de oferecer produtos compatíveis com o bolso dos jovens e sempre em sintonia com a ideia da coleção principal foi se perdendo dentro da marca.
“Quero fazer peças de moda incríveis e quero descobrir uma maneira de fazer isso de uma forma que seja acessível para várias pessoas em diferentes níveis”, disse Jacobs, que abondonou a direção da criativa da Louis Vuitton, em 2013, para focar esforços em sua grife homônima.
Ainda não foi decidido qual o futuro dos estilistas Luella Bartley e Katie Hillier, que assumiram o comando criativo da marca logo após Jacobs sair da Louis Vuitton.
A dupla não conseguiu afiar o tom das duas últimas coleções que criou para a MBMJ, novo nome da Marc by Marc Jacobs cunhado pela LVMH no ano passado e que não colou na cabeça nem dos consumidores nem da mídia. A mudança teria distanciado ainda mais a Marc Jacobs de sua grife irmã.
“Acreditávamos [quando a Marc by Marc Jacobs foi criada] que a moda poderia existir em lotes de diferentes preços. Poderia ter chinelos por US$ 30, uma camiseta com bom preço. Não era para ser uma segunda linha ou parente pobre.”
A explicação de Jacobs é parecida com a que os estilistas Domenico Dolce & Stefano Gabbana deram na época do fim da D&G. À Folha, eles disseram que “não existe meio termo da moda, há roupa boa ou ruim”.