Atenta ao mercado do Oriente Médio, que consome mais de R$ 40 bilhões por ano em itens de moda, a grife italiana Dolce & Gabbana lançou nesta semana sua primeira coleção de hijabs (véus) e abayas (túnicas) para mulheres muçulmanas.
Os estilistas Domenico Dolce e Stefano Gabbana, que em 1980 levaram o sexo à passarela por meio de peças provocantes e muita pele à mostra, seguiram os passos de grifes como a francesa Chanel e as americanas Tommy Hilfiger e Monique Lhuillier para garantir o sucesso nas prateleiras do Oriente Médio.
As roupas da linha especial, assim como as das outras grifes do ocidente, carregam a identidade da marca. As peças têm rosas e a mistura de preto e bege usada na coleção de verão 2016, além de adaptadas do armário das muçulmanas com tecidos nobres.
Toda feita com georgette de seda e cetim, a coleção apresenta também detalhes em renda, no quais uma tela foi costurada por baixo para garantir que nenhuma parte do corpo apareça.
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O anúncio oficial da coleção foi dado no ano passado na conta de Setefano Gabbana no Instagram, mas só agora o portal Style.com/Arabia, um dos mais famosos do Oriente Médio, divulgou as imagens da campanha.
Não há notícia desse tipo de iniciativa no país. Apesar de a Texbrasil, braço da Apex-Brasil responsável por estimular as exportações da moda brasileira, ter definido a região como prioritária nos últimos cinco anos, as grifes nacionais não parecem dispostas a criar peças exclusivas para clientes muçulmanos.