Peça Únicagalliano – Peça Única http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br por Pedro Diniz Fri, 04 Nov 2016 04:00:07 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Semana de moda de Paris começa com militarismo festivo e viés político http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/03/03/semana-de-moda-de-paris-comeca-com-militarismo-festivo-e-vies-politico/ http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/03/03/semana-de-moda-de-paris-comeca-com-militarismo-festivo-e-vies-politico/#respond Thu, 03 Mar 2016 23:32:12 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/14211294.jpeg http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/?p=1947 A festa militar proposta pela coleção do britânico John Galliano na passarela da grife Maison Margiela, que desfilou nesta quinta-feira (3), no terceiro dia da temporada de inverno 2017 da semana de moda de Paris, traduz o espírito dessa edição do evento.

A equação de clima disco, com muito lurex e tecidos metalizados, somado à austeridade do uniforme de guerra conduzem a coleção de extremos da marca.

Modelo desfila look de outono-inverno 2017 da Maison Margiela, em Paris. Crédito: Reprodução Instagram @maisonmargiela
Modelo desfila look de outono-inverno 2017 da Maison Margiela, em Paris. Crédito: Reprodução Instagram @maisonmargiela

Insígnias estampadas nos casacos e peças em tons de folhas secas, comuns ao look camuflado, se misturam às saias fendadas envoltas com displicência na cintura e às estampas de cartoon. Realidade versus ficção, Galliano lembra, é um dos nortes desta temporada.

Os designers exploram as interseções entre o decorativismo e a rigidez da alfaiataria em looks ora monocromáticos, ora rasgados de cor.

As características das silhuetas dos anos 1930 e 1940, do pré ao pós-guerra, ilustram a maioria das proporções desfiladas. O belga Dries Van Noten, herdeiro da coroa autoral da semana de Paris, foi contaminado pelo clima sombrio que cerca a cidade desde os atentados de 13 de novembro, quando terroristas em ataque coordenado mataram 129 pessoas em bares e na casa de show Bataclan.

A extravagância de tempos atrás foi mesclada ao look “decadência com elegância”, com maquiagem borrada e várias peças “animal print”. Os looks coloridos e com estampas “op art” que conduziram as últimas coleções de Noten deram lugar a terninhos e gravatas estruturados.

Look da coleção de inverno 2017 de Dries Van Noten, apresentado na semana de moda de Paris. Crédito: Reprodução Instagram/@driesvannoten
Look da coleção de inverno 2017 de Dries Van Noten, apresentado na semana de moda de Paris. Crédito: Reprodução Instagram/@driesvannoten

Os respiros de moda urbana e jovem são da grife Vêtements, que fechou o dia de desfiles nesta quinta-feira com uma coleção que flerta com os gritos de ordem das ruas. “Talvez as pontes que queimei iluminem o caminho”, diz um escrito aplicado num moletom com ombreiras.

Paz é o que pede o coletivo de estilistas da Vêtements, marca liderada pelo alemão Deman Gvasalia, indicado como novo estilista da tradicional grife Balenciaga. A grife mais incensada da ala “cool” do calendário parisiense aliou peças esportivas com a estrutura da alfaiataria.

Num dos looks mais polêmicos da coleção, a marca cobriu uma modelo com um vestido de moletom, similar a um chador muçulmano, com escrito “fantasias sexuais” estampado na perna.

Álbum de Paris

O designer de chapéus Reinhard Plank. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress
O designer de chapéus Reinhard Plank. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress

Em oposição às mensagens de ordem e ao viés político camuflado nas apresentações, Paris tenta estimular os sentidos dos fashionistas com festinhas e vernissages regadas a chamapanhe. Logo no segundo dia da temporada, a Galerie Joyce, no Palais Royal, abrigou uma performance do artesão de chapéus Reinhard Plank.

Chapéus do designer italiano Reinhard Plank em exibição na Galerie Joyce, durante a semana de moda de Paris. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress
Chapéus do designer italiano Reinhard Plank em exibição na Galerie Joyce, durante a semana de moda de Paris. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress

As peças, produzidas ao vivo pelo designer italiano, são confeccionadas à mão e em formas tradicionais, mas coloridas com tons vivos e remodeladas em linhas assimétricas. Os modernos misturam as peças do estilista às combinações de roupas “street”, padrão que é quase uniforme da juventude parisiense.

Performance do italiano Reinhard Plank no segundo dia da semana de moda de Paris. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress
Performance do italiano Reinhard Plank no segundo dia da semana de moda de Paris. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress

Na mesma quarta-feira (2), a tradicional loja multimarcas “Le Bon Marché” abriu as portas de sua nova exposição. Em cartaz até abril, “Iris in Paris” expõe dez looks da fashionista mais prestigiada de Nova York, a designer de interiores Iris Apfel, 94.

Vitrine da mostra "Iris in Paris", em cartaz até abril no Le Bon Marché, em Paris. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress
Vitrine da mostra “Iris in Paris”, em cartaz até abril no Le Bon Marché, em Paris. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress

Mesmo com os movimentos e a acuidade visual prejudicada pela idade, o que lhe rendeu uma de suas marcas registradas, o grande óculos grosso de armação preta, Apfel recebeu com presunto de parma e garrafas de uísque os convidados da festa.

Vitrine da mostra "Iris in Paris", em cartaz até abril no Le Bon Marché, em Paris. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress
Vitrine da mostra “Iris in Paris”, em cartaz até abril no Le Bon Marché, em Paris. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress

Nas vitrines da mostra, parte do acervo colorido e maximalista da nova-iorquina foi montado em combinações criadas por ela mesma para encarar dias de frio em Paris.

Convidados da mostra "Iris in Paris", em cartaz até abril no Le Bon Marché, em Paris. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress
Convidados da mostra “Iris in Paris”, em cartaz até abril no Le Bon Marché, em Paris. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress

*** A Folha começa hoje a cobertura do outono-inverno 2017 da semana de moda de Paris. Acompanhe o que acontece na temporada parisiense no site da “Ilustrada” (folha.com/ilustrada), no blog “Peça Única” (folha.com/pecaunica) e a conta do Instagram @ilustradanamoda. As imagens são da dupla de fotógrafos Paulo Troya e Reno Teles, que está em Paris com a reportagem para acompanhar a movimentação em torno da temporada. ***

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5 desfiles de alta-costura para olhar de perto http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/01/28/%ef%bb%bf%ef%bb%bf5-desfiles-de-alta-costura-para-olhar-de-perto/ http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/01/28/%ef%bb%bf%ef%bb%bf5-desfiles-de-alta-costura-para-olhar-de-perto/#respond Thu, 28 Jan 2016 22:01:28 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/14211294.jpeg http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/?p=1811 A temporada de alta-costura primavera-verão 2016 chegou ao fim nesta quinta-feira (28), em Paris. Já falei aqui que essas roupas, construídas durante vários meses, são os novos xodós das grifes de luxo e tão importantes para o posicionamento das marcas quanto as coleções de prêt-à-porter. Para entender mais sobre esse mundo da exclusividade e das cifras polpudas, veja cinco apresentações que devem ser vistas em tela cheia.

 

CHRISTIAN DIOR

A primeira passarela da Christian Dior sem o estilista belga Raf Simons foi montada no museu Rodin, em Paris, e quis evocar a feminilidade. Os estilistas da equipe interna da marca, Serge Ruffieux, 41, e Lucie Meier, 33, deixaram os ombros à mostra, usaram transparências e mesclaram bordados e alfaiataria, no limiar entre a fantasia proposta na era John Galliano e a rigidez do corte capitaneada por Simons. As roupas tiveram como inspiração as mulheres parisienses e são difíceis de engolir após a saída do estilista belga, mas há um esforço de respeitar os códigos da marca — a jaqueta “bar” foi reinterpretada pelos designers — e levar adiante o espírito visionário do seu fundador.

 

CHANEL

Segundo Karl Lagerfeld, estilista da grife, “Coco Chanel era a ‘Rainha do Bege’”. É da cor “nada” que ele tira quase toda a paleta do desfile, realizado num estrutura de madeira rodeada por um jardim no meio do Grand Palais, em Paris. Lagerfeld toca no conceito de moda ecológica, com uma mistura bem engendrada de materiais artesanais, como a lã orgânica, o papel reciclado e a madeira, material chave para vários looks desfilados. Uma pochete para guardar o celular é uma das peripécias do “kaiser”, que pinga um pouco de controvérsia em suas coleções. Desta vez, a sacada não prejudicou em nada o visual limpo e elegante do desfile, um dos mais bonitos da marca.

**VALE A PENA TAMBÉM CONFERIR O VÍDEO COM OS DETALHES DA COLEÇÃO***

O que deixa a alta-costura da grife ainda mais interessante é o fato de que ela é sempre feita dentro de pequenos ateliês comprados pela própria marca. Em 1997, o grupo Paraffection S.A foi criado pela Chanel para manter vivas algumas tradições têxteis que estavam se perdendo na França.

 

MAISON MARGIELA ARTISANAL

Essa coleção é uma homenagem a David Bowie, à manufatura e, principalmente, ao próprio legado do estilista que a construiu. John Galliano fez da alta-costura da Margiela um dos momentos mais aguardados dessa temporada de desfiles. Camadas de tecidos foram rasgados, remodelados e colados em diferentes formas para embaralhar os sentidos. Uma jaqueta esportiva ao avesso revela inspirações decorativistas, um vestido transparente aplicado sobre um camisão de alfaiataria tem como complemento uma bota glam. Brilho e minimalismo se encontraram na passarela e o resultado é um estudo sobre o corpo e diferentes possibilidades de encobri-lo.

 

ATELIER VERSACE

O erotismo acompanhou toda a trajetória de Donatella Versace na grife que leva o seu sobrenome, e, nesta coleção de alta-costura, ele é enrolado em tiras que formam imagens de teias de aranha. O viés esportivo comum nas últimas temporadas da marca apareceu em jaquetas curtas com gola de moletom e tops minúsculos. Os materiais variavam de couro a uma mistura química de gel endurecido. Dos anos 1980, Donatella pesca cores acesas em contraste com o preto e alguns vestidos curtos, com várias aberturas, colados no corpo.

 

ARMANI PRIVÉ

Uma das grifes preferidas das celebridades nas premiações de Hollywood olha para o movimento das ondas e a gravidade para mostrar uma coleção cheia de detalhes difíceis de modelar. Sedas leves com pregas, cortes que experimentam opor volumes e comprimentos e algumas sobreposições de babados compõem a mistura proposta por Armani. Uma mão inexperiente poderia fazer deste jogo um desastre espalhafatoso, mas como se levado pela ação do vento sobre o tecido, o estilista esculpe peças glamorosas com efeitos de cor — na maior parte das vezes, um tom de lilás claro — e formas simétricas dentro de um conjunto de assimetria.

 

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8 desfiles para entender a nova alta-costura http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2015/01/30/8-desfiles-para-entender-a-nova-alta-costura/ http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2015/01/30/8-desfiles-para-entender-a-nova-alta-costura/#respond Fri, 30 Jan 2015 23:43:23 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/14211294.jpeg http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/?p=835 Dentro do “mundo da moda” há um outro mundo tão distante e inacessível aos consumidos que não está nem nos editoriais das revistas especializadas nem na cobertura dos jornais diários.

A alta-costura é envolta em mistério, tanto sobre o processo de manufatura das roupas, feitas sob encomenda, quanto sobre quem são esses clientes capazes de pagar milhares de dólares numa peça única.

Na temporada verão 2015 de “haute couture”, termo francês para essas coleções exclusivas, que terminou na quinta (29), em Paris, algumas das maiores grifes do mundo apresentaram seu guarda-roupa exclusivo.

Veja desfiles da temporada verão 2015 de alta-costura:

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Antes, a Maison Margiela – antiga Maison Martin Margiela – mostrou em Londres sua primeira coleção couture criada pelo gibraltino John Galliano. O estilista, ex-Christian Dior, foi anunciado em outubro do ano passado como primeiro diretor criativo da grife após a saída de Martin Margiela.

Há dois motivos óbvios para explicar o momento aquecido do mercado de alta-costura, no qual  “maisons” como Chanel e Dior reformulam suas silhuetas e apostam em materiais nobres para conquistar cifras polpudas.

(Leia depoimento de Bruno Pavlovsky, presidente da Chanel, à Folha)

O primeiro ponto é que há mais ricos no mundo. Segundo relatório da Oxfam, organização que cria campanhas contra a pobreza, a desigualdade entre ricos e pobres subiu após a crise financeira mundial de 2008.

De 2009 a 2014, de acordo com o estudo, o número de bilionários no mundo passou de 793 para 1.645. Milionários ficaram ainda mais ricos, pobres ficaram mais pobres.

O resultado disso, para a moda, é que ou há roupas caras ou roupas baratas. O meio termo, ao que parece, sairá de moda. (Leia a opinião dos estilistas Domenico Dolce e Stefano Gabbana sobre o assunto em entrevista concedida à Folha)

Outro motivo desse retorno triunfal da ideia de exclusivo, no sentido literal da palavra, é a força que a “fast fashion” ganhou desde o início dos anos 2000.

Em dez anos de parcerias, quase todos os estilistas renomados já desenharam coleções para redes de lojas populares e o acesso à informação de moda, pelo menos no hemisfério norte, é assimilada com rapidez pelos consumidores de todas as classes sociais.

A Rússia e os países asiáticos representam boa parte do faturamento dessas grifes. Não à toa, marcas como Valentino e Armani pescaram referências desses países para suas coleções de alta-costura.

Os estilistas Maria Grazia Chiuri e Pierpaolo Piccioli, da Valentino, buscaram no rebusco da indumentária das czarinas o centro de sua coleção inspirada no amor. A Armani Privé, por sua vez, desfilou peças com referências à flora ilustrada nos desenhos japoneses do período Edo (1603-1853).

Abaixo, veja como as grifes trabalharam seus códigos e referências nas coleções de alta-costura:

1 – Armani Privé

Aos 80 anos o italiano Giorgio Armani mostrou toda sua destreza para criar looks de tapete vermelho. Não apenas pelos vestidos minuciosamente construídos com organza e amarrados com laços que reverenciam os quimonos japoneses, mas também pelo apuro no jogo de proporções, que variam do longo tomara que caia a um conjunto de jaqueta estampada e saia. Armani soube transformar o peso das assimetrias e das cores fechadas em uma dança de tecidos rígidos e leves.

2 – Atelier Versace

De pele Donatella Versace entende. O desfile de alta-costura de sua grife deixou à mostra os limites da exposição do corpo em vestidos cujos cortes seguem as curvas femininas. Estrela do último Globo de Ouro, a marca vestiu diversas celebridades no tapete vermelho da premiação pela sensualidade velada que Donatella sabe criar. A mistura de tecidos metalizados e os blocos de cores opacas, com destaque para o preto, o azul e o vermelho.

Veja desfile de alta-costura do verão 2015 da Atelier Versace:

3 – Chanel

Na contracorrente da imagem de vestidos longos, cheios de brilho e transparências que as pessoas têm sobre a alta-costura, o estilista Karl Lagerfeld continua a alinhavar uma nova forma de pensar a alta-costura. Além de aproximar esse universo restrito ao do prêt-à-porter, os vestidos aparentemente simples e o tom quase “street” da coleção de saias e tailleurs redefinem o conceito de exclusividade. No conto de fadas de Lagerfeld, as mulheres vestem na festa o que vestiriam na rua. Uma rua chique, claro.

Veja desfile de alta-costura do verão 2015 da Chanel:

4 – Dior

Desde que assumiu a casa mais prestigiada da França, o belga Raf Simons expurga o legado do seu antecessor, John Galliano, com  a recontrução do “new look”, o conjunto de saia mídi e jaqueta (a “bar”) criado por Christian Dior nos anos 1940. A inspiração em David Bowie e na mutação do estilo do músico ao longo das décadas resultou numa coleção que remete aos looks de Bowie das décadas de 1960, 70, 80 e 90 revistas com o olhar preciso de construção que Simons empreende na grife.

Veja desfile de alta-costura do verão 2015 da Dior:

5 – Elie Saab

Faz todo sentido que o libanês seja um dos estilistas mais queridos das celebridades em tapetes vermelhos como o do Oscar, do Globo de Ouro e do Emmy. Saab é um dos poucos a manter intacto o deslumbre dos vestidos de gala, construídos com uma mistura de organza e transparências bem localizadas no corpo.

6 – Gustavo Lins

Único brasileiro a desfilar coleções na temporada de alta-costura parisiense, Lins é um costureiro no sentido literal da palavra. Nesta temporada, apresentou uma mistura de peças de alfaiataria, vestidos de baile, casacos de pelo e um apreço pelo caimento perfeito que o coloca entre os designers mais técnicos da federaçaõ de moda francesa, que organiza os desfiles em Paris.

7 – Maison Margiela Artisanal

O desfile marca o retorno do francês John Galliano à moda e a nova fase da grife que o contratou. A Maison Margiela perdeu o “Martin” da etiqueta (Martin Margiela é o estilista fundador da grife) e, com o desfile, trilha um caminho sem volta onde o minimalismo que a tornou famosa encontra o drama característico do seu novo diretor criativo. Demitido da Dior, em 2011, após proferir declarações antissemitas em um vídeo vazado na internet, Galliano foi recebido com entusiasmo e choro dos fashionistas que acompanharam sua apresentação em Londres.

8 – Valentino

O amor foi o mote para os estilistas Maria Grazia Chiuri e Pierpaolo Piccioli criarem uma coleção tão complexa quanto o sentimento que a inspirou. Os romances de Shakespeare, o inferno de Dante Alighieri e as pinturas do russo Marc Chagall se misturaram em vestidos construídos em camadas de tecido bordados com fios de ouro que formavam desenhos de estrelas. Destaque para os longos transparentes de seda com detalhes geométricos no busto.

Veja desfile de alta-costura do verão 2015 da Valentino:

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