Peça Únicamoda – Peça Única http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br por Pedro Diniz Fri, 04 Nov 2016 04:00:07 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Hotel ‘reservado’ em que Kardashian foi roubada é de fácil acesso http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/10/03/hotel-reservado-em-que-kardashian-foi-roubada-e-de-facil-acesso/ http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/10/03/hotel-reservado-em-que-kardashian-foi-roubada-e-de-facil-acesso/#respond Mon, 03 Oct 2016 18:03:04 +0000 http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/files/2016/10/noadress-180x135.jpg http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/?p=2268 Conhecido pelo apelido No Address (sem endereço), o hotel Le Pourtalès é para poucos. Foi em um dos nove apartamentos, de até 350 m² e repouso de celebridades como Madonna e Leonardo DiCaprio, que a socialite americana Kim Kardashian foi rendida e assaltada por homens mascarados na madrugada da segunda-feira (3), em Paris.

Não há placas indicativas na fachada do prédio do século 19, localizado no meio do 8º “arrondissement”, região nobre que concentra hotéis e lojas de luxo.

Apenas um segurança guarda o portão de acesso por onde Kim entrava e saia dentro de um carro preto. Segundo a polícia parisiense, na madrugada do assalto o vigia foi rendido por cinco homens.

Segundo relatos de pessoas próximas ao casal, os assaltantes entraram no quarto dela, que estava na cama, a algemaram com a mão nas costas e a fizeram refém dentro do banheiro. Levaram uma caixa de joias e um anel avaliados em quase R$ 35 milhões.

Poucas horas antes, na noite do domingo (2), ela havia sido a convidada especial do desfile da grife Givenchy, um dos destaques da semana de moda de Paris. Outra irmã de Kim, a modelo Kendall Jenner desfilou para a marca naquela noite.

POR DENTRO

Na noite do sábado (1), a socialite brasileira Cris Pitanguy armou um coquetel no restaurante do hotel em que Kim Kardashian estava hospedada. O acesso ao lugar, a Folha constatou, não era complicado.

Apesar da lista de convidados restrita, o segurança não perguntava nem conferia nomes. Algumas pessoas entraram sem constar na lista e passavam tranquilamente pelo corredor que dá acesso ao jardim principal, onde aconteceu o convescote.

Por volta das 23h, o carro de Kim a deixou dentro do jardim, e o segurança pessoal da socialite, o alemão Pascal Duvier, levou a cliente até a porta do salão que dá acesso aos elevadores.

O único ‘cuidado’ extra do hotel foi apagar as luzes do andar em que a cliente famosa estava hospedada para evitar flashes dos fotógrafos que transitavam pelo coquetel brasileiro.

Ainda não há pistas sobre os assaltantes. Kim voou de volta para casa nesta manhã para encontrar o marido, o rapper Kanye West. Atração de um festival de música em Nova York, ele parou o show no meio alegando haver “um problema familiar”.

]]>
0
Ex-estilista da Calvin Klein assina figurino na abertura da Paraolimpíada http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/09/07/ex-estilista-da-calvin-klein-assina-figurino-na-abertura-da-paraolimpiada/ http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/09/07/ex-estilista-da-calvin-klein-assina-figurino-na-abertura-da-paraolimpiada/#respond Wed, 07 Sep 2016 20:27:28 +0000 http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/files/2016/09/costa-180x135.jpg http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/?p=2218 O estilista mineiro Francisco Costa, 52, assinou as roupas das crianças escaladas para carregar a bandeira paralímpica na cerimônia de abertura dos Jogos, que começa às 18h15 desta quarta-feira (7), no Rio.

Designer brasileiro de maior projeção internacional e ex-estilista da Calvin Klein, grife da qual foi diretor criativo até abril deste ano, Costa vestirá oito crianças com deficiência motora e seus respectivos pais.

Os adultos deverão usar ternos brancos de corte minimalista e inspiração esportiva, conceito comum ao trabalho do estilista. Feito de malha, o conjunto será unido a um colete que a criança vestirá para, a partir dos movimentos do pai, reproduzi-los.

Ternos que serão usados pelos pais das crianças que carregarão a bandeira Paraolímpica. Crédito: Divulgação
Ternos que serão usados pelos pais das crianças que carregarão a bandeira Paraolímpica. Crédito: Divulgação

As roupas infantis foram confeccionadas com as cores branco, azul, verde e vermelho, que compõem a bandeira paralímpica.

Uma das botas do par usado pela criança será unida ao calçado do pai, para que ela ande. O acessório foi chamado de “bota do mundo”.

“Será um esforço dos dois, tanto do pai quanto da criança. A ideia é contar a história deles, unidos, e simbolizar a quebra do paradigma de que elas [as crianças com deficiência] não têm oportunidades”, diz Costa à Folha.

Segundo ele, o desafio, “simples de executar”, foi unir o trabalho de design com a técnica de levar alta funcionalidade à roupa.

Coletes que serão usados por crianças com deficiência motora. As roupas foram criadas pelo estilista Francisco Costa. Crédito: Divulgação
Coletes que serão usados por crianças com deficiência motora. As roupas foram criadas pelo estilista Francisco Costa. Crédito: Divulgação

NOVA ‘CASA’

O estilista também anunciou sua volta ao ateliê de costura. Dentro de “seis a oito meses” ele iniciará o trabalho em uma nova marca.

Costa não revelou se será em uma grife própria ou se assumirá o cargo de diretor criativo de uma etiqueta já consolidada, como fez com a divisão feminina da Calvin Klein em 2003. “Será uma evolução do meu trabalho, algo novo e com uma cara nova”, afirma.

Desde sua saída da grife, “que já preparava a mudança de diretoria há muito tempo”, outros convites apareceram. “Rejeitei porque não estava nos meus planos.”

Sobre o novo estilista da marca, o belga Raf Simons (ex-Christian Dior), Costa é só elogios. “Gosto bastante, espero que tenha sucesso”. Um sucesso que, ele frisa, já conseguiu.

“Peguei uma companhia [a Calvin Klein] que valia US$ 700 mil e a levei a US$ 8 bilhões. Foi algo incrível. Sugeri ao novo presidente [o nova-iorquino Steven B. Shiffman] que era hora de mudar, reformular, porque havia muita gente atuando no estilo [além dele, o italiano Italo Zuchelli cuidava das coleções masculinas]. Foi o que aconteceu.”

Desfile? “Ainda não. Seria colocar o carro na frente dos bois.”

]]>
0
Mostras usam fragrâncias para apresentar espectro sensorial da arte http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/09/05/mostras-usam-fragrancias-para-apresentar-espectro-sensorial-da-arte/ http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/09/05/mostras-usam-fragrancias-para-apresentar-espectro-sensorial-da-arte/#respond Mon, 05 Sep 2016 20:24:16 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/14211294.jpeg http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/?p=2204 As artes visuais –o próprio nome define– dependem do olho humano para que a informação seja mastigada. Duas mostras em São Paulo, uma que terminou na quarta (31) e outra que vai até o dia 25 deste mês, propõem um olhar (ou melhor, um cheiro) menos figurativo da arte.

Instalada num salão do shopping Iguatemi, na zona sul, a Aromatique – Alquimia dos Sentidos é didática. Totens preenchidos com jardins suspensos exalam os cheiros de 20 perfumes importantes na história do mercado brasileiro desde a abertura das importações, em 1990.

Visão geral da mostra Aromatique - A Alquimia dos Sentidos, em cartaz no shopping Iguatemi, em São Paulo. Crédito: Divulgação
Visão geral da mostra Aromatique – Alquimia dos Sentidos, em cartaz no shopping Iguatemi, em São Paulo. Crédito: Divulgação

As flores de cada estrutura integram as receitas de “best sellers” como J’Adore, da Christian Dior, Polo, da Ralph Lauren, Le Male, da Jean Paul Gaultier, CK One, clássico da Calvin Klein, e Malbec, único brasileiro da lista e criado pela marca OBoticário.

O diretor artístico Marcello Dantas ainda acrescentou um totem que exala lavanda, alecrim, verbena e limão siciliano, para comemorar os 50 anos do Iguatemi com o cheiro que identifica os corredores do centro de compras.

Ainda que galgada no espectro publicitário, a mostra oferece uma rara oportunidade dos espectadores entrarem em contato com o mundo invisível das fragrâncias.

Se museus pop como o nova-iorquino MAD (Museum of Arts and Design), que em 2012 organizou a exposição “A Arte do Aroma”, já reconhecem o potencial do assunto, os produtores culturais brasileiros ainda não sentiram o lastro dessa tendência.

Exemplo de como o assunto pode formar uma boa audiência foi a imersão nos universos da decoração e da perfumaria que a mostra Apartamento propiciou. Pensado pelo estilista Mario Queiroz, o projeto exibiu até o dia 31 de agosto, no Senac Lapa Faustolo (zona oeste), um emaranhado de referências aos estilos do homem brasileiro.

Segundo os organizadores, 6.000 pessoas passaram pelo lugar, número expressivo para uma exposição desse tipo.

A designer Noemi Saga e a doutora em semiótica Sylvia Demetresco criaram sete ambientes que contavam, por meio de móveis, roupas e cheiros, a personalidade de pessoas distintas. O espectador foi convidado a usar o nariz para identificá-lo e fazer um próprio raio-X sobre a aparência e o estilo de vida desses personagens.

Detalhe da exposição Apartmento, organizada pelo estilista Mario Queiroz e montada no Senac Lapa Faustolo. Crédito: Divulgação Senac
Detalhe da exposição Apartmento, organizada pelo estilista Mario Queiroz e montada em agosto no Senac Lapa Faustolo. Crédito: Divulgação Senac

Entre as personalidades, havia desde o esportista com cheiro de notas “fougère” até o “roqueiro baixo Agusta” e seu perfume de couro com metal, quase vintage.

Os perfumistas da empresa alemã Drom, especializada em criar fragrâncias para marcas de perfumaria e de moda, criaram os tons olfativos, e a Tok & Stok, os móveis usados nas instalações.

A mostra resgatou memórias olfativas arraigadas na mente de quem passou pelos ambientes. O perfume, borrifado em objetos dispostos pelos cenários, serviu como base para as interpretações de cada espectador.

Detalhe da exposição Apartmento. As fragrâncias foram borrifadas em objetos dispostos pelos ambientes. Crédito: Diulgação Senac
Detalhe da exposição Apartmento. As fragrâncias foram borrifadas em objetos dispostos pelos ambientes. Crédito: Diulgação Senac
]]>
0
Se houvesse um doping da roupa… http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/08/18/se-houvesse-um-doping-da-roupa/ http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/08/18/se-houvesse-um-doping-da-roupa/#respond Thu, 18 Aug 2016 05:01:25 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/14211294.jpeg http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/?p=2201 …para começar, boa parte da tecnologia têxtil e de performance não existiria. Suaríamos mais, correríamos menos e, principalmente, forçaríamos os músculos até rompê-los. O motivo para isso é que o fator determinante para as grifes desembolsarem milhões em busca do produto perfeito (e do melhor close nos pódios olímpicos) é a conivência das federações esportivas com a alta tecnologia.

A americana Nike, a italiana Arena, a alemã Puma e a japonesa Asics dominam os estudos de performance, ainda que a americana Under Amour e a alemã Adidas tenham ganhado espaço ao patrocinar medalhistas como Michael Phelps e Tom Daley, respectivamente.

São da Nike alguns dos melhores aproveitamentos do atletismo. Um sistema denominado AeroSwift reduz o arrasto e maximiza o esforço do atleta por meio da roupa de náilon, que tem furos estratégicos na parte frontal da blusa e foi testada em tubos de ar.

Quenianos, brasileiros e o americano Justin Gatlin usaram a novidade. Gatlin, no entanto, foi vencido pela “tecnologia responsiva” das sapatilhas da Puma calçadas pelo jamaicano Usain Bolt.

É inegável que o tempo de 9s81 do atleta nos 100 m rasos foi resultado de esforço, mas especialistas defendem que, mesmo com papel secundário, a roupa faz diferença no desempenho final do atleta.

Para além de questões estéticas, os futebolistas perceberam a importância do look de campo. Neymar ganhou uma chuteira desenhada pela Nike. A tecnologia permite toque de bola mais eficiente e diminuição no peso da peça. É certo que, nos 90 minutos de jogo, qualquer ajuda é válida.

A eficácia dessas inovações foi comprovada na Olimpíada de Pequim, em 2008. Naquele ano, 87 recordes foram quebrados por causa de um maiô de poliuretano, cujo principal atrativo era dizimar o atrito com a água. Uma grande polêmica que se seguiu aos resultados excepcionais fez a Federação Internacional de Natação banir a roupa para os homens. A partir de 2009, eles só puderam competir de bermudas ou sungas.

Na Olimpíada de Londres, em 2012, a tese ganhou força com o fato de a maioria dos recordes na água ter sido quebrada por mulheres. E, claro, por seus maiôs.

A italiana Arena foi uma das prejudicadas com a ascensão do look de super-homem –os mais famosos eram da australiana Speedo. Para competir com a marca, a Arena apresentou uma evolução da tecnologia Carbon num desfile realizado neste mês, no Rio. Aplicadas nas peças de compressão, partículas de carbono ampliam os movimentos e não deixam o ar entrar.

O que separa esses atletas de ponta do aspirante olímpico, que muitas vezes não sobrevive do esporte, são os milhares de dólares gastos com equipamento e as horas de treino patrocinado. Se houvesse um doping da roupa, que limitasse o uso de tecnologia no vestuário, talvez o quadro de medalhas da Rio-2016 fosse um pouco diferente. Mesmo por alguns milésimos.

]]>
0
Preteridas em licenciamentos, grifes cariocas acertam em uniformes olímpicos http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/07/07/preteridas-em-licenciamentos-grifes-cariocas-acertam-em-uniformes-olimpicos/ http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/07/07/preteridas-em-licenciamentos-grifes-cariocas-acertam-em-uniformes-olimpicos/#respond Thu, 07 Jul 2016 22:22:08 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/14211294.jpeg http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/?p=2131 ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Desde que foi divulgada a lista de marcas do Programa de Licenciamento Rio 2016, há quase um ano, restou a dúvida sobre como o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) consertaria a gafe de ter elegido apenas duas grifes cariocas – uma de joias e outra de cangas –entre as dez que compõem a lista de fornecedores das peças de vestuário vendidas nas lojas oficiais dos Jogos Olímpicos.

Três marcas baseadas no Rio, a masculina Reserva, a de moda praia Lenny Niemeyer e a de roupas femininas Andrea Marques, as duas últimas capitaneadas pelas estilistas homônimas, foram escolhidas pelo empresário Paulo Borges, fundador da São Paulo Fashion Week, para representar a moda autoral brasileira.

Na última quarta-feira (6), no Rio, houve o lançamento dos uniformes de gala que os atletas brasileiros usarão nas cerimônias de abertura e encerramento da Olimpíada. Niemeyer ficou responsável pela concepção das peças, e a varejista holandesa C&A, por sua produção.

Atletas de canoagem usam looks de gala criados por Lenny Niemeyer para a abertura e o encerramento da Olimpíada do Rio. Crédito: Marcelo Pacheco/Divulgação
Atletas de canoagem usam looks de gala criados por Lenny Niemeyer para a abertura e o encerramento da Olimpíada do Rio. Crédito: Marcelo Pacheco/Divulgação

Dois conjuntos de alfaiataria, um masculino e outro feminino, receberam as cores da bandeira brasileira em uma estampa de folhagens, aplicada num lenço de poliéster que a C&A estuda vender em suas lojas.

Os looks são feitos basicamente de sarja de algodão, tricoline e uma mescla de elastano “para dar conforto e mobilidade”, segundo disse Lenny em coletiva de imprensa.

Questionado pela Folha sobre o motivo de as varejistas brasileiras, como Riachuelo e Renner, terem sido preteridas pelo COB nessa concorrência, o presidente da entidade, Carlos Arthur Nuzman, explicou que a escolha não se baseou na origem da empresa.

“[A escolha] foi por quem se interessou. Além disso, é um evento mundial, não só de marcas brasileiras. Temos de ver quem tem maior sensibilidade para participar [como patrocinador]”, disse Nuzman.

Elogiadas pela forma e criticadas por ostentar a logomarca da C&A no peito, as criações foram melhor recebidas pelo público do que as de Andrea Marques.

Peças da primeira versão que a estilista Andrea Marques fez para os looks usados na entrega das medalhas. Crédito: Alex Ferro/Rio2016/Divulgação
Peças da primeira versão dos looks criados por Andrea Marques para serem usados nas entregas das medalhas da Olimpíada. Crédito: Alex Ferro/Rio2016/Divulgação

Marques vestirá os voluntários escalados para entregar as medalhas olímpicas aos vencedores. Logo após o lançamento, no último dia 23 de junho, as roupas estampadas e com faixas vermelhas foram chamadas de “juninas” por internautas.

Tanto os vestidos de comprimento mídi quanto os conjuntos de alfaiataria dos rapazes seguiram a linha clássica das criações da estilista, mas a patrulha virtual não perdoou e memes compararam as peças ao guarda-roupa de Agostinho Carrara, personagem de gosto fashion duvidoso do seriado “A Grande Família”.

A assessoria da estilista informou que, quando foram apresentadas, as roupas ainda não estavam prontas. O fato é que, após as críticas, as faixas vermelhas sumiram e a estilista apresentou novos croquis com visual monocromático e mais limpo.

Segunda versão, menos "junina", dos looks assinados por Andrea Marques para os Jogos Olimpícos do Rio-2016. Crédito: Divulgação
Segunda versão, menos “junina”, dos looks assinados por Andrea Marques para os Jogos Olimpícos do Rio-2016. Crédito: Divulgação

Estampas com motivos da flora e da fauna carioca guiaram a criação dos uniformes da Reserva, escolhida para produzir os uniformes dos atletas do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro).

Assim como as peças de Lenny, as do empresário Rony Meisler são calcadas na alfaiataria. Os blazers masculino e feminino foram estampados com o padrão colorido, assim como dois modelos de camisetas que serão, segundo a marca, comercializados nos pontos de venda da Reserva.

Croquis dos uniformes dos atletas paralímpicos brasileiros na Olimpíada. Os looks são da grife Reserva. Crédito: Divulgação
Croquis dos uniformes dos atletas paralímpicos brasileiros na Olimpíada. Os looks são da grife Reserva. Crédito: Divulgação

O jornalista viajou a convite do Comitê Olímpico Brasileiro

]]>
0
5 novas marcas cariocas para prestar atenção http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/07/04/5-novas-marcas-cariocas-para-prestar-atencao/ http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/07/04/5-novas-marcas-cariocas-para-prestar-atencao/#respond Mon, 04 Jul 2016 22:17:08 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/14211294.jpeg http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/?p=2115 Há uma safra recente de etiquetas cariocas que vivem além da faixa de areia da moda praia e dão fôlego ao mercado local. Apoiados na sustentabilidade, na afirmação da imagem solar e na revisão dos códigos de sazonalidade da moda, essas grifes apontam os caminhos do estilo carioca para os próximos. Veja quais são.

 

Look da coleção Navegantes, da grife carioca Evapore. Crédito: Divulgação
Look da coleção Navegantes, da grife carioca Evapore. O blazer é confeccionado com tecido de fios de garrafa PET Crédito: Divulgação

EVAPORE

O minimalismo despretensioso que é marca de grifes locais como Mara Mac e Maria Bonita também guia a estilista Paloma Guasque. Cartela enxuta e uma queda por alfaiataria definem sua nova coleção, intitulada Navegantes e que é inspirada no mar. Há tons terrosos e texturas produzidas a partir de um tecido com fios de garrafa PET encrustados nas tramas. É um tipo de moda que se aproxima do estilo urbano, mas com uma modelagem solta, matéria-prima leve e cores abertas.

 

Modelo desfila roupa do estilista Guto Carvalho Neto, no primeiro dia do Rio Moda Rio, que aconteceu em junho. Crédito: Marcelo Soubhia/Agência Fotosite/Divulgação
Modelo desfila roupa do estilista Guto Carvalho Neto, no primeiro dia do Rio Moda Rio, que aconteceu em junho. Crédito: Marcelo Soubhia/Agência Fotosite/Divulgação

GUTO CARVALHO NETO

Um dos destaques do primeiro dia do Rio Moda Rio, o baiano trabalha com a noção de atemporalidade. Além de as roupas seguirem um rigoroso processo de confecção, da escolha dos tecidos nobres ao acabamento minucioso, não são produzidas para uma única estação. Em seu último desfile, o da “coleção 4”, o estilista desconstruiu a imagem do sertão nordestino, pincelando couro em peças limpas, assimétricas e, por vezes, texturizadas. Preto e branco dominam o universo criativo do designer.

 

Vestido da estilista Marta Macedo, da grife Martu, desfilado no Rio Moda Rio. Crédito: Crédito: Marcelo Soubhia/Agência Fotosite/Divulgação
Vestido da estilista Marta Macedo, da grife Martu, desfilado no Rio Moda Rio. Crédito: Crédito: Marcelo Soubhia/Agência Fotosite/Divulgação

MARTU

A festa é dela e de suas clientes famosas, como a cantora Ivete Sangalo e a atriz Marina Ruy Barbosa. Marta Macedo, especialista em aplicar brilho e pompa aos vestidos das noitadas na zona sul carioca, comemorou os dez anos de sua marca com um desfile no Rio Moda Rio. Na passarela, a estilista colocou um compilado de peças estampadas ou forradas com pedrarias, combinadas a blusas detonadas típicas do estilo “podrinho chique” adotado pelas cariocas festeiras.

 

Peças customizadas pela marca carioca Mig Jeans. Crédito: aLagarta/Divulgação
Peças jeans customizadas pela marca carioca Mig Jeans. Crédito: aLagarta/Divulgação

MIG JEANS

Manchas, rasgos ou sinais de uso não são motivos para descartar seus jeans. As sócias Isa Maria Rodrigues, Luana Depp e Mayra Sallie sacaram isso logo na faculdade e passaram a customizar jaquetas estocadas no armário e nos brechós do Rio. Logo a marca conquistou clientela fixa e virou uma das apostas da Malha, projeto de economia colaborativa que tem como sócio o diretor de marketing André Carvalhal, da Farm, e incentiva nomes do mercado a trabalhar coletivamente. O preço das peças reconstruídas é justo, não passa de R$ 200.

 

Look da grife The Paradise, um dos destaques do Rio Moda Rio. Crédito: Crédito: Marcelo Soubhia/Agência Fotosite/Divulgação
Look da grife The Paradise, um dos destaques do último dia do Rio Moda Rio. Crédito: Crédito: Marcelo Soubhia/Agência Fotosite/Divulgação

THE PARADISE

A grife de Thomaz Azulay (filho de Simão Azulay, fundador da Yes, Brazil) e do seu sócio, Patrick Doering, é uma injeção de cor e ânimo no mercado carioca. Mais do que moda praia, a dupla produz um estilo de vida baseado em muitas estampas, a maioria impressas digitalmente. As da última coleção, desfilada no Rio Moda Rio, são inspiradas nas culturas orientais e foram aplicadas em blusas, saias e calças leves – algumas podem ser usadas por homens e mulheres.

]]>
0
Análise: Bill Cunningham (1929-2016) inaugurou máquina do ‘streetstyle’ http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/06/27/analise-bill-cunninghan-1929-2016-inaugurou-maquina-do-streetstyle/ http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/06/27/analise-bill-cunninghan-1929-2016-inaugurou-maquina-do-streetstyle/#respond Tue, 28 Jun 2016 02:19:10 +0000 http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/files/2016/06/bill-180x120.jpg http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/?p=2093 Se hoje a fotografia de ‘streetstyle’ (estilo de rua) é uma máquina de fazer dinheiro para grifes, que pagam para a celebridade, a blogueira ou qualquer pessoa com alguns milhares de seguidores no Instagram vestirem suas roupas em eventos, é porque o americano Bill Cunningham, morto no último sábado (25), aos 87 anos, abriu precedente para a rua virar passarela.

Numa leitura histórica, até os 1960 eram os estilistas quem davam o aval para, por exemplo, o vermelho ser a cor da temporada. Foi a partir das séries de imagens produzidas pelo fotógrafo que pessoas comuns, no caso, os nova-iorquinos, passaram a ter voz ativa sobre o estilo que deveria ser adotado.

Seu olhar antropológico sobre a vestimenta dos moradores da cidade se transformou numa assinatura de sucesso ou de fracasso para as tendências propagadas pela indústria. Mais além, serviram de guia para as próprias marcas identificarem rumos possíveis para o varejo.

Reprodução de uma coluna 'On The Street', de Bill Cunningham, publicada em 2011 pelo jornal "The New York Times". Crédito: The New York Times Company/Reprodução
Reprodução de uma coluna ‘On The Street’, de Bill Cunningham, publicada em 2011 pelo jornal “The New York Times”. Crédito: The New York Times Company/Reprodução

É justo que tenham lhe dado o título de “lenda viva” de Nova York. É dele, e de parte da geração de estilistas “importados” da Europa que fizeram fama nos EUA, como Diane Von Furstenberg e Oscar de La Renta (1932-2014), a responsabilidade por tornar os habitantes de Manhattan modelos de elegância e ufanismo fashion.

A fórmula do colunista do “The New York Times” sempre foi o estímulo constante da visão periférica. Mesmo quando cobria as semanas de moda, seu objeto de estudo não eram os profissionais que transitavam pelos desfiles –apesar das tentativas de alguns deles.

Há dois anos, na porta de um desfile do estilista Michael Kors, em Nova York, lembro de uma convidada chamar a atenção das câmeras dos smartphones. Empacotada em roupas grossas de alfaiataria, próprias para aquele frio de -10ºC, ela passou três vezes por Cunningham, pronta para o clique certo que lhe renderia alguma fama.

Ele, com um meio sorriso, olhava para uma parede. Encostada nela, uma garota assitia ao burburinho enquanto amarrava os cadarços dos tênis brancos e sujos de lama combinados com uma saia xadrez vermelha e um casaco amarelo. Clique.

Foi essa sensibilidade para o inusitado, não necessariamente bonito, que rendeu fama ao fotógrafo. O pouco apreço pelos enquadramentos simétricos e pelas luzes cinematográficas, mandamentos dos blogs de “streetstyle”, imprimiram crueza jornalística nas imagens.

Série de 'streetstyle' do fotógrafo holandês Hans Eijikelboom. As imagens foram feitas em 2006, na cidade de Arnhem, Holanda. Crédito: Divulgação
Série de ‘streetstyle’ do fotógrafo holandês Hans Eijkelboom. As imagens foram feitas em 2006, na cidade de Arnhem, Holanda. Crédito: Divulgação

Próximo ao estilo de Cunningham está o do holandês Hans Eijkelboom, 63, que também se destacou pelo “olhar estrangeiro”, oposto à lógica narcisista da indústria.

Num mercado movido por cifras polpudas como é o da fotografia publicitária, o patriarca do ‘streetstyle’ não se rendeu às ofertas de grifes em busca de registros na coluna ‘On The Street’. Na obra de Cunningham não houve espaço para maquiagem e referências à estética comercial, mas sim para um retrato contundente da personalidade humana, a verdadeira essência da moda.

]]>
0
Celebridades chegam ao Rio para desfile da Louis Vuitton http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/05/28/celebridades-chegam-ao-rio-para-desfile-da-louis-vuitton/ http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/05/28/celebridades-chegam-ao-rio-para-desfile-da-louis-vuitton/#respond Sat, 28 May 2016 15:34:34 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/14211294.jpeg http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/?p=2053 MAC-Niterói é preparado para desfile de "cruise" 2017 da Louis Vuitton. Crédito: Reprodução/Instagram
MAC-Niterói é preparado para desfile de “cruise” 2017 da Louis Vuitton. Crédito: Reprodução/Instagram

O desfile de cruise 2017 da grife francesa Louis Vuitton, que acontece neste sábado (28), já movimenta o Rio de Janeiro. Além do vaivém de pessoas na montagem da passarela no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, local da apresentação, celebridades e editores de moda do mundo inteiro encheram os hotéis Copacabana Palace, Fasano e Caesar Park, na zona sul.

As atrizes francesas Catherine Deneuve (“Fome de Viver”) e Léa Seydoux (“Azul é a Cor Mais Quente”) e a sueca Alicia Vikander, ganhadora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pelo filme “A Garota Dinamarquesa”, são algumas das convidadas da marca.

O ator Jaden Smith posa com fã no Rio. Crédito: Reprodução/Instagram
O ator Jaden Smith posa com fã no Rio. Crédito: Reprodução/Instagram

O filho do ator Will Smith, o também ator Jaden Smith, já posou para fotos ao lado de fãs nas ruas cariocas. Cerca de 500 convidados são esperados para a apresentação, marcada para as 16h deste sábado.

O desfile marca a reabertura do MAC-Niterói, após uma reforma que durou mais de um ano, e é o primeiro do gênero capitaneado por uma etiqueta internacional em território brasileiro.

A atriz suco Alicia Vikander na sacada do hotel Fasano, no Rio. Crédito: Reprodução/Instagram
A atriz sueca Alicia Vikander na sacada do hotel Fasano, no Rio. Crédito: Reprodução/Instagram

Obcecado por arquitetura e linhas geométricas, o estilista Nicolas Guesquière deve continuar nesta coleção o estudo de formas e volumes que empreendeu nas últimas criações para a marca. Desta vez, porém, o colorido tropical e as estampas devem permear a cartela de cores.

Especula-se que a marca patrocinará parte da manutenção do museu, com cifras estimadas em mais de R$ 1 milhão. Quatro exposições devem ser organizadas pela grife no prédio projetado por Oscar Niemeyer (1907-2012).

Para o domingo (29), a Louis Vuitton prepara uma programação típica de turista para os fashionistas convidados. Aulas de stand-up paddle, passeios de helicóptero e um tour pelos pontos históricos do Rio são algumas das atividades reservadas.

]]>
0
Semana de moda de Paris começa com militarismo festivo e viés político http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/03/03/semana-de-moda-de-paris-comeca-com-militarismo-festivo-e-vies-politico/ http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/03/03/semana-de-moda-de-paris-comeca-com-militarismo-festivo-e-vies-politico/#respond Thu, 03 Mar 2016 23:32:12 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/14211294.jpeg http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/?p=1947 A festa militar proposta pela coleção do britânico John Galliano na passarela da grife Maison Margiela, que desfilou nesta quinta-feira (3), no terceiro dia da temporada de inverno 2017 da semana de moda de Paris, traduz o espírito dessa edição do evento.

A equação de clima disco, com muito lurex e tecidos metalizados, somado à austeridade do uniforme de guerra conduzem a coleção de extremos da marca.

Modelo desfila look de outono-inverno 2017 da Maison Margiela, em Paris. Crédito: Reprodução Instagram @maisonmargiela
Modelo desfila look de outono-inverno 2017 da Maison Margiela, em Paris. Crédito: Reprodução Instagram @maisonmargiela

Insígnias estampadas nos casacos e peças em tons de folhas secas, comuns ao look camuflado, se misturam às saias fendadas envoltas com displicência na cintura e às estampas de cartoon. Realidade versus ficção, Galliano lembra, é um dos nortes desta temporada.

Os designers exploram as interseções entre o decorativismo e a rigidez da alfaiataria em looks ora monocromáticos, ora rasgados de cor.

As características das silhuetas dos anos 1930 e 1940, do pré ao pós-guerra, ilustram a maioria das proporções desfiladas. O belga Dries Van Noten, herdeiro da coroa autoral da semana de Paris, foi contaminado pelo clima sombrio que cerca a cidade desde os atentados de 13 de novembro, quando terroristas em ataque coordenado mataram 129 pessoas em bares e na casa de show Bataclan.

A extravagância de tempos atrás foi mesclada ao look “decadência com elegância”, com maquiagem borrada e várias peças “animal print”. Os looks coloridos e com estampas “op art” que conduziram as últimas coleções de Noten deram lugar a terninhos e gravatas estruturados.

Look da coleção de inverno 2017 de Dries Van Noten, apresentado na semana de moda de Paris. Crédito: Reprodução Instagram/@driesvannoten
Look da coleção de inverno 2017 de Dries Van Noten, apresentado na semana de moda de Paris. Crédito: Reprodução Instagram/@driesvannoten

Os respiros de moda urbana e jovem são da grife Vêtements, que fechou o dia de desfiles nesta quinta-feira com uma coleção que flerta com os gritos de ordem das ruas. “Talvez as pontes que queimei iluminem o caminho”, diz um escrito aplicado num moletom com ombreiras.

Paz é o que pede o coletivo de estilistas da Vêtements, marca liderada pelo alemão Deman Gvasalia, indicado como novo estilista da tradicional grife Balenciaga. A grife mais incensada da ala “cool” do calendário parisiense aliou peças esportivas com a estrutura da alfaiataria.

Num dos looks mais polêmicos da coleção, a marca cobriu uma modelo com um vestido de moletom, similar a um chador muçulmano, com escrito “fantasias sexuais” estampado na perna.

Álbum de Paris

O designer de chapéus Reinhard Plank. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress
O designer de chapéus Reinhard Plank. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress

Em oposição às mensagens de ordem e ao viés político camuflado nas apresentações, Paris tenta estimular os sentidos dos fashionistas com festinhas e vernissages regadas a chamapanhe. Logo no segundo dia da temporada, a Galerie Joyce, no Palais Royal, abrigou uma performance do artesão de chapéus Reinhard Plank.

Chapéus do designer italiano Reinhard Plank em exibição na Galerie Joyce, durante a semana de moda de Paris. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress
Chapéus do designer italiano Reinhard Plank em exibição na Galerie Joyce, durante a semana de moda de Paris. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress

As peças, produzidas ao vivo pelo designer italiano, são confeccionadas à mão e em formas tradicionais, mas coloridas com tons vivos e remodeladas em linhas assimétricas. Os modernos misturam as peças do estilista às combinações de roupas “street”, padrão que é quase uniforme da juventude parisiense.

Performance do italiano Reinhard Plank no segundo dia da semana de moda de Paris. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress
Performance do italiano Reinhard Plank no segundo dia da semana de moda de Paris. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress

Na mesma quarta-feira (2), a tradicional loja multimarcas “Le Bon Marché” abriu as portas de sua nova exposição. Em cartaz até abril, “Iris in Paris” expõe dez looks da fashionista mais prestigiada de Nova York, a designer de interiores Iris Apfel, 94.

Vitrine da mostra "Iris in Paris", em cartaz até abril no Le Bon Marché, em Paris. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress
Vitrine da mostra “Iris in Paris”, em cartaz até abril no Le Bon Marché, em Paris. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress

Mesmo com os movimentos e a acuidade visual prejudicada pela idade, o que lhe rendeu uma de suas marcas registradas, o grande óculos grosso de armação preta, Apfel recebeu com presunto de parma e garrafas de uísque os convidados da festa.

Vitrine da mostra "Iris in Paris", em cartaz até abril no Le Bon Marché, em Paris. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress
Vitrine da mostra “Iris in Paris”, em cartaz até abril no Le Bon Marché, em Paris. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress

Nas vitrines da mostra, parte do acervo colorido e maximalista da nova-iorquina foi montado em combinações criadas por ela mesma para encarar dias de frio em Paris.

Convidados da mostra "Iris in Paris", em cartaz até abril no Le Bon Marché, em Paris. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress
Convidados da mostra “Iris in Paris”, em cartaz até abril no Le Bon Marché, em Paris. Crédito: Paulo Troya e Reno Teles/Folhapress

*** A Folha começa hoje a cobertura do outono-inverno 2017 da semana de moda de Paris. Acompanhe o que acontece na temporada parisiense no site da “Ilustrada” (folha.com/ilustrada), no blog “Peça Única” (folha.com/pecaunica) e a conta do Instagram @ilustradanamoda. As imagens são da dupla de fotógrafos Paulo Troya e Reno Teles, que está em Paris com a reportagem para acompanhar a movimentação em torno da temporada. ***

]]>
0
A ‘nova’ moda italiana em 5 desfiles http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/03/01/a-nova-moda-italiana-em-5-desfiles/ http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/2016/03/01/a-nova-moda-italiana-em-5-desfiles/#respond Wed, 02 Mar 2016 01:36:50 +0000 http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/files/2016/03/CX094_4AC8_9-180x118.jpg http://pecaunica.blogfolha.uol.com.br/?p=1918 Nesta terça-feira (1) começaram os desfiles de outono-inverno 2016/2017 de Paris, mas para entender as coleções da cidade “mais importante” da indústria é preciso olhar a temporada que antecede a da capital francesa: a semana de moda de Milão.

Considerada pela crítica internacional uma fresta de luz num mercado mergulhado em incertezas como é o da moda europeia – que ainda sofre os efeitos da crise financeira e especula o impacto da onda migratória –, a semana italiana terminou na segunda (29) redefinindo o estereótipo de moda vibrante e sensual pelo qual suas marcas ficaram conhecidas.

Há elementos da corrente vintage capitaneada há um ano pelo estilista da Gucci, Alessandro Michele, um visual “esportivo chic” traduzido em elementos da roupa de performance e reflexos de maximalismo aplicados em roupas que, a rigor, são minimalistas.

Repensar os próprios códigos de vestimenta não significa olhar para o próprio umbigo. Pelo contrário. Versace, Gucci, Diesel Black Gold, Prada e Dolce & Gabbana, para citar uma pequena parte do panteão do “made in italy”, estão conectadas ao que há de mais digerível em se tratando de tendências.

Se é pra colocar alfaiataria, como fez a Versace e tantas outras, que seja com uma mini top por debaixo da jaqueta esportiva. Se a ideia é flertar com o militarismo, que ele seja estampado, quase kitsch, como fez a Prada numa de suas coleções mais bem planejadas do ponto de vista estético.

Enquanto Paris abre espaço para designers autorais neste primeiro dia de temporada, confira os melhores desfiles que marcaram a edição mais fresca de inverno que a Itália produziu nas últimas temporadas.

 

1º – Prada

Look da coleção de inverno 2017 da Prada, desfilado na semana de moda de Milão. Crédito: Giuseppe Cacae/AFP
Look da coleção de inverno 2017 da Prada, desfilado na semana de moda de Milão. Crédito: Giuseppe Cacae/AFP

Correntes em voga na moda como a androginia, os temas marítimos e o militarismo poderiam definir a coleção de Miuccia Prada, porém há muito mais a ser visto. Prada retoma sua cruzada em busca do visual apocalíptico e fatalista iniciado com a passarela de verão 2016 da Miu Miu, em outubro de 2015, e destrincha a crise migratória na Europa que resultou na morte de milhares de refugiados. Bolsas coladas ao pescoço, pequenos relicários entrelaçados no tronco e um chapéu de marinheiro entregam o tema proposto pela estilista. São a fuga forçada e o sentimento de não ter para onde ir os guias dessa coleção, embalada por ‘playlist’ de PJ Harvey e Karen Elson. “Escalei montanhas, viajei pelo mar, expulsa do paraíso, humilhei de joelhos, dormi com o diabo, maldito deus do céu, abandonada pelo paraíso”, diz um trecho de “To Bring You My Love”.  A silhueta dos anos 1940 e 1950, período pós-guerra caracterizado pela escassez de recursos na indústria têxtil, não poderia deixar de ser o emblema da tese de Prada.

Veja vídeo do outono-inverno 2016/2017 da Prada:

 

2º – Gucci

Look da coleção de Alessandro Michele para a grife Gucci. Crédito: Giuseppe Cacae/AFP
Look da coleção de Alessandro Michele para a grife Gucci. Crédito: Giuseppe Cacae/AFP

Mais moderninho que Prada, Alessandro Michele é o novo xodó da moda italiana e de toda a imprensa especializada. Sua fórmula é simples: um visual ‘geek’, quase nerd, com pinceladas dos anos 1970 e o colorido mais vibrante e desconexo possível. Suas silhuetas são comportadas, mas há um clima de mistério na alfaiataria estampada, nos laços no pescoço, no brilho das saias reluzentes. De tão bem executada, a ideia se transformou no último grito da moda mundial e, para a felicidade da Gucci, trouxe de volta o poder de fogo da marca italiana. É da grife a maioria dos looks do videoclipe de “Formation”, último single de Beyoncé. Nesta coleção, Michele reafirma seu estilo premeditadamente confuso, com referências aos anos 1980 e ao renascentismo italiano.

Veja vídeo do outono-inverno 2016/2017 da Gucci:

 

3º – Versace

Modelo desfila look esportivo do inverno 2017 da Versace. Crédito: Tiziana Fabi/AFP
Modelo desfila look esportivo do inverno 2017 da Versace. Crédito: Tiziana Fabi/AFP

Donatella Versace creditou às mulheres reais a fonte de inspiração desta temporada. A coleção da grife “mais sexy” da temporada milanesa tem muito da influência do estilista belga Anthony Vaccarello, contratado por Donatella para gerir o estilo da marca Versus Versace, mais acessível que a etiqueta-mãe. A assimetria das fendas diagonais das saias e o apreço pelo rigor da alfaiataria belga contaminou a passarela da Versace, só que com elementos da indumentário esportiva. Há matelassados, blusas tranparentes adornadas com lantejoulas, jaquetas “perfecto” e peças de couro, material fetichista que também serviu de base para o desfile da Moschino.

Veja vídeo do outono-inverno 2016/2017 da Versace:

 

4º – Diesel Black Gold

Modelo desfila look de inverno 2017 da Diesel Black Gold. Crédito: Giuseppe Cacae/AFP
Modelo desfila look de inverno 2017 da Diesel Black Gold. Crédito: Giuseppe Cacae/AFP

A marca premium da etiqueta de jeans volta à passarela milanesa após deixar a semana de moda de Nova York. Não há elucubrações sobre o contexto social da Europa na moda fácil proposta pelo estilista Andreas Melbostad. E isso não é ruim. O trabalho de misturar matérias-primas como couro, jeans e nylon é um ponto interessante porque, numa época de exageros rebuscados, cai bem um pouco de funcionalidade à roupa. Jaquetas do tipo biker, jeans com rendas e recortes gráficos compõem a coleção utilitária do estilista. O clima de festa é bem a cara desse novo momento da moda italiana, e a Diesel, principal nome do “jeanswear” italiano, soube tirar proveito dele.

Veja vídeo do outono-inverno 2016/2017 da Diesel Black Gold:

 

5º – Dolce & Gabbana

Modelo desfila look do inverno 2017 da Dolce & Gabbana, na semana de moda de Milão. Crédito: Giuseppe Cacae/AFP
Modelo desfila look do inverno 2017 da Dolce & Gabbana, na semana de moda de Milão. Crédito: Giuseppe Cacae/AFP

Exemplo de grife que reinventa a própria identidade a cada temporada, a Dolce & Gabbana criou princesas nesta temporada de moda em Milão. Nada de looks bufantes e metros de tule, as novas cinderelas, brancas de neve e belas adormecidas usam vestidos mídi justos ao corpo, bolsas com o dizer “Quem é a mais bela? Eu” e estampas de castelos, candelabros e rosas bordadas na roupa. A onda “fun” (termo da moda para roupas bem humoradas) esculpiu a mistura de romantismo e sensualidade proposta pela marca. O estilo siciliano, base da moda criada por Domenico Dolce & Stefano Gabbana, saltava aos olhos, mas foi emoldurada com uma aura sarcástica e um viés quase urbano que fazia falta na passarela dos estilistas.

Veja vídeo do outono-inverno 2016/2017 da Dolce & Gabbana:

]]>
0